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Conheça os principais EPIs na radiologia e as formas seguras de proteção.

 

Conheça os principais EPIs na radiologia e as formas seguras de proteção.

O uso da radiologia no diagnóstico por imagem é responsável pelo sucesso no tratamento e na cura de várias doenças. No entanto, trata-se de um método de diagnóstico que pode trazer muitos riscos e consequências quando não utilizado com segurança.

Seguir as recomendações, utilizar protocolos de segurança e equipamentos de proteção são ações indispensáveis para o bem-estar de pacientes que são submetidos a exames de raio-x e ainda mais importantes para profissionais que trabalham diariamente na radiologia.

Graças aos equipamentos de proteção, é possível minimizar e até mesmo eliminar os riscos de exposição à radiação. E você sabe quais são esses riscos?

Abaixo, nós explicamos tudo que você precisa saber sobre os riscos da exposição à radiação e quais equipamentos utilizar para evitá-los.

Quais os riscos da falta de EPIs na radiologia?

Um dos grandes problemas da exposição à radiação é que trata-se de um risco silencioso.

A exposição à radiação ionizante não deixa sequelas visíveis imediatamente, sendo necessário um período de desenvolvimento – muitas vezes de longo prazo – para aparecer os sintomas.

Para os profissionais que trabalham expostos de forma contínua, quando os Equipamentos de Proteção Individual não são utilizados corretamente, a radiação pode alterar o DNA das células humanas, causando consequências graves como:

  • Infertilidade
  • Catarata
  • Eritema
  • Câncer
  • Etc

Por serem partes do corpo extremamente sensíveis à radiação, olhos, tireoide, sistema reprodutor e medula óssea devem receber atenção e proteção especial.

Por isso, atenção redobrada!

Riscos de exposição à radiação

Existem três principais fatores que devem ser considerados na exposição contínua de profissionais à radiação:

Tempo de exposição

O tempo é um fator de grande preocupação, pois quanto maior o tempo de exposição, maiores serão os riscos à pessoa exposta.

Esse é o motivo pelo qual quem trabalha na área costuma ter jornadas de trabalho com tempo reduzido. Nas instituições, a duração da exposição dos profissionais à radiação deve ser controlada com rigor.

Distância a que a pessoa foi exposta

Quando alguém é exposto à radiação, a dose absorvida diminui à medida que aumenta a distância entre a pessoa e a fonte de radiação. 

Este é outro fato tratado com seriedade e que está presente na RDC 330, que prevê medidas que devem ser seguidas na construção de salas e no posicionamento dos aparelhos de uma instituição.

Blindagem

Junto aos demais fatores, a blindagem é a principal maneira de proteger, reduzir e eliminar riscos de exposição à radiação, sendo as barreiras de chumbo, concreto e água algumas das formas de proteger as pessoas.

Assim, é possível entender porque na indústria e instituições alguns materiais radioativos são armazenados sob a água ou em salas revestidas de chumbo e concreto.

Estes elementos fornecem proteção contra raios gama penetrantes que, quando passam pelo corpo humano, podem causar danos ao DNA.

Na prática, é por meio dos equipamentos de EPIs que se previne e protege os profissionais e pacientes dos riscos da radiação.

Quais são os principais EPIs na radiologia?

RDC 330

Avental de chumbo ou plumbífero

O avental de chumbo é utilizado até mesmo no caso em que pacientes odontológicos vão realizar exames de raio-x da face.

Trata-se de uma vestimenta que cobre a região do tórax e do abdômen dos pacientes e também dos operadores do aparelho durante a realização do exame.

Tal método é capaz de reduzir ao máximo a dose de exposição à radiação, com aventais feitos em diferentes formatos e tamanhos a fim de proteger a exposição desnecessária de outros órgãos, bem como dos profissionais nas salas de exame.

Óculos plumbíferos

Os óculos plumbíferos, assim como os aventais, também são feitos de chumbo. A grande diferença é que a substância é misturada ao vidro, a fim de proteger e melhorar a visibilidade dos pacientes durante a realização dos exames.

Os equipamentos que possuem chumbo na composição recebem o nome de plumbíferos, por isso é muito comum que os EPIs sejam acompanhados desse termo.

Protetores de gônadas 

Como citado acima, a radiação pode ser bastante prejudicial para a fertilidade de homens e mulheres. Diante disso, os órgãos do aparelho reprodutor devem ser adequadamente protegidos pelos protetores quando os mesmos não interferirem na área e na qualidade do exame.

Protetores de tireóide

As glândulas da tireóide são mais algumas das áreas do corpo sensíveis e severamente afetadas pela radiação. Dessa forma, para evitar o risco de complicações, são utilizados protetores ao redor do pescoço para proteger a tireóide. 


Ao longo dos anos, os EPIS na radiologia foram desenvolvidos e aprimorados a fim de reduzir os prejuízos e eliminar os riscos de exposição à radiologia.

Normalmente, tratam-se de acessórios que podem ser colocados com facilidade, mas que devido a praticidade, acabam sendo negligenciados e não utilizados com rigor por profissionais em muitas instituições.

Cabe a estas instituições estabelecer regras rígidas e protocolos que devem ser rigorosamente seguidos pelos profissionais e também aplicados aos pacientes.

O tempo para que as sequelas e sintomas da exposição apareçam é longo, mas o melhor tratamento para as pessoas expostas à radiação é a prática de medidas simples, mas altamente eficazes de proteção individual e coletiva.



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